REENCARNAÇÃO: A VIDA APÓS A MORTE

O que acontece conosco depois que morremos?

Muitas são as respostas a esta pergunta. Alguns dizem que nada, simplesmente deixamos de existir e que esta é a única experiência que temos.

Outros, sequer acreditam que exista a alma (ou o espírito).

Alguns creem que haverá o dia do juízo final quando todos nós prestaremos conta de tudo o que fizemos nesta existência e, outros, acreditam que, sim, nós voltaremos a este mundo para pagar por todos os atos que cometemos e que haverá outra vez, e uma outra vez, etc em um processo crescente de aperfeiçoamento de nosso espírito.

Isso é o que se chama “REENCARNAÇÃO”.

Muita gente não acredita nisso e sequer quer ouvir falar do assunto e muito menos discutir a respeito.

Bem, nós respeitamos todas as opiniões, mas, então, como podemos explicar o fato de que uma pessoa nasce pobre, com sérias deficiências físicas, doente, e passa toda a sua vida, às vezes longeva, dessa forma, sem nenhuma possibilidade de progresso ou de melhoria de vida, dependente, o tempo todo, da caridade alheia em todos os sentidos?

Ou, colocando, de outra forma, como explicaremos os inúmeros casos de pessoas que nascem ricas, tem boa saúde, nunca precisam trabalhar, esbanjam dinheiro (ou não), tem uma vida longeva, são prósperas e nunca tem problemas de saúde ou de qualquer natureza?

Que justiça é essa?

Por que alguns tem tanto e outros tem tão pouco?

Por que há pessoas bondosas, que, independentemente de sua condição social, passam a sua vida inteira fazendo o bem para os outros, às vezes até colocando-se a si próprias em uma posição secundária para beneficiar terceiros e que, desta forma, sentem-se felizes e realizadas?

E por que, ao contrário, há outras pessoas más, mesquinhas, avarentas, extremamente materialistas, individualistas para as quais o ser humano não é nada mais que um objeto que elas usam para conseguir os seus objetivos pessoais, escusos ou não?

Em nossa opinião, a resposta a todas essas perguntas é a reencarnação.

Allan Kardec em seu “O LIVRO DOS ESPÍRITOS” responde todas essas perguntas e muitas outras mais.

Aqueles que tem filhos certamente já passaram pela experiência de ver que eles nos desobedecem e, em alguns casos, nos causam sérios aborrecimentos (pra não dizer raiva, mesmo) levando-nos a situações extremas de querermos castigá-los e, consequentemente, em alguns casos, castigamos até.

Então, diante desse fato irrefutável cabe aqui a seguinte pergunta: Você, pai ou mãe, já teve vontade de dar ao seu filho ou filha um castigo que seja eterno?

É claro que não!

Então, se nós que somos absolutamente imperfeitos, não temos coragem de dar a algum de nossos filhos um castigo eterno o que se dirá de Deus?

Deus teria coragem de nos condenar ao fogo do inferno como um castigo eterno? Nós que somos todos seus filhos, criados à sua imagem e semelhança teríamos um castigo imposto por nosso próprio criador que fosse eterno e, ainda mais, um castigo terrível como um fogo eterno?

Não! A bondade infinita de Deus não me permite acreditar em uma coisa dessa natureza.

Já que citei Allan Kardec, vejam o que ele diz em seu já também citado “O livro dos espíritos” na pergunta de número 131:

“Há demônios no sentido que se dá a esta palavra?

Se houvesse demônios seriam obra de Deus. E Deus seria justo e bom se tivesse criado seres eternamente voltados ao mal e infelizes para sempre? Se há demônios, é em teu mundo inferior e em outros semelhantes que eles residem. São esses homens hipócritas que fazem de um Deus justo um Deus mau e vingativo e que julgam agradá-lo pelas abominações que cometem em seu nome”.

Continuando com mais uma citação de Allan Kardec.

Na página 148 do “O livro dos espíritos” temos o seguinte trecho:

‘Reconheçamos, portanto, em resumo, que só a doutrina da pluralidade das existências explica o que, sem ela, é inexplicável; que é eminentemente consoladora e conforme a mais rigorosa justiça que representa para o homem a âncora da salvação que Deus, na sua misericórdia lhe concedeu.

As próprias palavras de Jesus não podem deixar dúvidas a respeito. Eis o que se lê no Evangelho de João 3:3 a 7:37;

  1. Respondendo a Nicodemus, disse Jesus: Em verdade, em verdade, te digo que, se um homem não nascer de novo, não poderá ver o reino de Deus.
  2. Disse-lhe Nicodemus: Como pode um homem nascer já estando velho? Pode voltar ao ventre materno e nascer uma segunda vez?
  3. Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade, te digo, se o homem não nascer da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne, é carne e o que é nascido do espírito é espírito. Não te admires de eu te haver dito: importa-vos nascer de novo.

Insisto, ainda, com mais umas perguntas:

Já perceberam que algumas pessoas parecem ter nascido com uma clara missão em suas vidas? Descobrir um remédio, uma fórmula matemática, ou um fenômeno da física, um determinado feito histórico, compor uma sinfonia, etc?

Ou outras que se empenharam ferrenhamente em desencadear uma guerra, uma catástrofe?

Por que essas coisas acontecem?

Então há pessoas boas e pessoas más?

A resposta a esta última pergunta parece estar no contexto da primeira citação de Allan Kardec: “Se há demônios, é em teu mundo inferior e em outros semelhantes que eles residem”.

Neste momento quero convidá-lo, caro leitor, a assistir o vídeo, em meu canal no you tube VOZES DO CORAÇÃO “O PADRE E O CAMINHONEIRO” cujo link vai a seguir https://www.youtube.com/watch?v=2KqCou5L9jk&t=1s

 

Ainda no “O livro dos espíritos” na pergunta 115 temos o seguinte:

“Entre os Espíritos, alguns foram criados bons e outros maus?

Deus criou todos os espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu uma missão, com o fim de esclarecê-los e fazê-los chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade para aproximá-los de si. Para eles, a felicidade eterna e sem mescla consiste nessa perfeição. Os espíritos adquirem esses conhecimentos, passando pelas provas que Deus lhes impõe. Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais depressa à meta que lhes foi destinada. Outros só a suportam murmurando e, assim, por culpa sua, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.”

E, na pergunta 116, temos algo muito importante e confortador:

“Há espíritos que permanecerão para sempre nas ordens inferiores?

Não; todos se tornarão perfeitos. Eles mudam de ordem, mas isso demora, porque, como já dissemos de outra vez, um pai justo e misericordioso não pode banir eternamente seus filhos. Pretenderíeis que Deus, tão grande, tão bom, tão justo, fosse pior do que vos mesmos?”

Veja, caro leitor, ainda, o que consta na pergunta 115-a:

“De acordo com isto, os Espíritos se assemelhariam, na sua origem, a crianças ignorantes e sem experiência, só adquirindo pouco a pouco os conhecimentos que lhes faltam ao percorrerem as diferentes fases da vida?

Sim, a comparação é justa. A criança rebelde permanece ignorante e imperfeita: seu maior ou menor aproveitamento vai depender da sua docilidade. Mas a vida do homem tem um termo, ao passo que a dos Espíritos se estende ao infinito.

Uma outra importante pergunta ocorre no “O livro dos Espíritos” que é a de número 664:

“Será útil orar pelos mortos e pelos Espíritos sofredores? Nesse caso, como as nossas preces podem proporcionar-lhes alívio e abreviar seus sofrimentos? Tem o poder de abrandar a Justiça de Deus?

A prece não pode ter por efeito mudar os desígnios de Deus, mas a alma por quem se ora, experimenta alívio, porque é uma prova do interesse que lhe é dado e, também porque o infeliz é sempre consolado quando encontra almas caridosas que se compadecem de suas dores.”

Sendo assim, caros amigos, compete a cada um de nós fazermos uma reflexão do que seja a vida e como pretendemos vive-la.

O fato é que, quanto mais o bem pudermos fazer aqui, nesta existência, menor será a carga que teremos que suportar e suplantar em uma outra encarnação.

Lamentavelmente, é muito raro o caso de pessoas que se lembrem de encarnações passadas e, é claro, que todas as possibilidades de desenvolvimento espiritual nos são dadas em nossas vidas, tanto para expiarmos o mal que fizemos anteriormente como para que possamos proporcionar a outras almas que, igualmente, tenham a oportunidade fazer o mesmo.

Nossas passagens por aqui têm sempre o mesmo objetivo que é o de crescermos como espírito e chegar cada vez mais próximo do Criador e, lembre-se, claro, que Deus é bondoso, caridoso e quer o bem de todos nós e, jamais nos condenaria a um castigo eterno. Sendo assim, tentemos viver o mais próximo possível Dele para que, um dia, possamos ser agraciados com o seu reino eterno posto que, então, teríamos, como espírito, chegado o mais perto possível da perfeição.

Convido-os, também, a assistirem o vídeo “A ÚLTIMA MENSAGEM” em meu canal ‘VOZES DO CORAÇÃO, cujo link segue https://www.youtube.com/watch?v=gsiPgsQPAYQ&t=5s

Esperamos, de coração, que estas palavras lhes sejam de bom proveito para uma reflexão real de suas existências material e espiritual.